segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Desperdício, deixou pingar e não bebeu tudinho...

Lactofilia muito comum hoje em dia

Amamentação erótica, uma prática sexual desconcertante, porém comum.
 Yahoo Vida e Estilo International Yahoo Vida e Estilo International 28 de junho de 2016 

No bairro vermelho de Kabukicho, Tokio, é possível tomar uma xícara de leite materno por 2.000 ienes (20 mil dólares). Se alguém deseja tomar o líquido diretamente do seio da mulher, terá que pagar 5.000 ienes. Esse serviço, iniciado pelo Bonyu Bar, tornou-se bastante popular nessa região da capital japonesa. A amamentação erótica de adultos aparece de maneira velada nos relatos históricos, desde a Idade Média (obra de Peter Paul Rubens - Wikimedia Commons).  Muitas pessoas poderiam dizer: Como os japoneses são excêntricos! Mas a amamentação com fins eróticos está longe de ser uma excentricidade do país asiático. 

Há dez anos, uma edição dominical do jornal The Times, revelou que cerca de um terço dos homens britânicos, haviam sido amamentados por suas esposas. Em outro relatório de 2014, o jornal confirmou que essa prática já havia se estendido a países como Índia, China e Europa. Transtorno ou simples fantasia? A lactofilia ou fetichismo do leite era considerada uma parafilia, até a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria (conhecido como DSM-IV). Essa classificação colocava a prática no mesmo grupo de transtornos como o exibicionismo, a pedofilia, o masoquismo e o sadismo. Mas a última edição desse livro, uma referência no mundo da psiquiatria (DSM-5), adverte que os interesses sexuais atípicos nem sempre levam a comportamentos perturbadores. Para que isso aconteça, as pessoas devem sentir angústia devido ao seu desejo (deixando de lado a eventual censura social) ou ter uma inclinação sexual que implique causar danos psicológicos ou físicos a outra pessoa ou requeira a participação involuntária de indivíduos incapazes de dar seu consentimento legal. 

 Portanto, se dois ou mais adultos decidem incluir a amamentação em suas relações sexuais ou afetivas, será que eles deveriam receber tratamento por um transtorno mental? Os especialistas que elaboraram o DSM-5 acreditam que não. A amamentação erótica tenta reproduzir certas emoções da amamentação infantil (Wikimedia Commons).  Um tabu prazeroso Mas a amamentação erótica ainda é um tabu. Seus praticantes e defensores oferecem um longa lista de argumentos para nos convencer de seus benefícios. O blog Adult Nursing Relationship: a Journey (atualizado pela última vez em 2013) explica que nesse tipo de relações, as mulheres tentam “reviver, ou talvez experimentar pela primeira vez, a inigualável paz interior e a profunda união espiritual que ocorre durante a amamentação. A autora relata como a sucção dos mamilos durante a estimulação erótica prévia libera o fluxo de oxitocina (hormônio do amor) no sangue, provocando uma intensa excitação na mulher.

 “A felicidade produzida pelo ato de amamentar, combinada com essas sensações eróticas criam o estado mais especial e prazeroso da excitação sexual,” afirma. Além disso, ajuda a prevenir o câncer de mama. A amamentação como fetiche, também já se infiltrou no universo do BDSM. Os entusiastas do BDSM (uma série de práticas sexuais que inclui o sadomasoquismo) também podem acrescentar o leite materno aos seus jogos de submissão.